Pesquisar este blog

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Passo a passo do parto domiciliar

Texto publicado originalmente no site www.vilamamifera.com.br
Link original: http://vilamamifera.com/parteriaurbana/parto-em-casa-passo-a-passo/

Apesar da mídia ter, nos últimos tempos, aumentado a visibilidade sobre o tema do parto domiciliar, cada vez que eu participo de uma conversa sobre o tema, eu percebo que a maioria das pessoas não faz a menor idéia de como ele acontece na vida real. No terreno da fantasia a mulher sente dores, seu marido chama a parteira. Ela chega com uma sacolinha com alguns panos brancos e uma tesoura. Ela faz o parto, de certa forma faz o menino nascer, dá um tapa no bumbum, limpa tudo, faz uma sopa, tira o avental sujo e vai embora para casa. Vou então contar como que acontece, tipicamente, o atendimento de um parto em casa no ambiente urbano, por parteiras profissionais. Embora existam outros modelos, esse é o que eu e outras obstetrizes e enfermeiras obstetras conhecidas praticamos nos grandes centros.
1) Pré natal: durante a gravidez a parteira vai verificar os exames pedidos pelo médico, vai conversar muito sobre todas as questões de saúde, sociais, emocionais, alimentação, atividade física, trabalho, vai estabelecer um vínculo e uma relação de confiança com a gestante. A cada encontro são verificados todos os sinais vitais e a evolução da gestação, garantindo que apenas as gestantes de baixo risco continuem com o projeto do parto domiciliar. Aquelas que desenvolvem algum tipo de complicação, terão seus filhos em hospital, com a presença da parteira, se ela desejar.
2) Plano de parto: ainda durante a gestação, parteira e casal vão conversar sobre a equipe de atendimento, os riscos possíveis, as situações especiais que podem surgir, plano B (para onde e com quem ir em caso de transferência). Assim, caso seja necessário usar um hospital, a gestante já sabe para onde vai e quem será o médico que a receberá.
3) Preparação da casa: a parteira entrega ao casal uma lista de sugestões de como se organizar para o parto, os materiais necessários, alimentos e conforto para eles e a equipe. Juntos eles vão pensar onde armar uma banheira inflável, como levar água quente, como manter o ambiente aquecido, enfim, toda a parte da infra-estrutura.
4) Preparação para o parto: o casal receberá indicação de livros, páginas de internet, grupos de discussão virtual, vídeos, cursos e palestras que possam ajudá-lo a se preparar para o evento. O parto se constroi aos poucos, não só através do pré natal, mas também com a relação do casal com outros que estão vivendo essa mesma aventura. Conhecer outras histórias faz aumentar o repertório e a confiança no processo.
5) Quando o parto começa, em algum momento, pela descrição dos sintomas, das contrações e dos intervalos, a parteira vai ao domicílio da gestante verificar o andamento do processo. Nesse momento ela leva as malas com o material de atendimento que cabe a ela: descartáveis, drogas para hemorragia, material de sutura, material de emergência para o bebê, incluindo máscara de ventilação e em geral oxigênio. Mais ou menos que há numa sala de parto hospitalar, é colocado num parto em casa, porém de forma discreta e compacta. Banheira inflável, banqueta de parto e bola fazem parte do material de várias parteiras.
6) Após descarregar o material, a parteira vai fazer a verificação dos batimentos cardíacos do bebê e a dilatação (quando for necessário). Os batimetnos cardíacos serão reavaliados a cada 30 a 60 minutos aproximadamente. É por esses valores que se verifica a vitalidade do bebê. Tudo é anotado num prontuário que ficará arquivado com a parteira. Caso a gestante esteja na fase ativa do parto, a equipe permanecerá até o fim. Caso ainda seja fase inicial, ficará a doula (quando for o caso) e a parteira cuidará de outros afazeres, até a fase ativa de fato começar.
7) Ao longo do processo a parteira estará junto, ajudando, avaliando e anotando. Quando o parto vai chegando ao fim, e começa a vontade de fazer força, a equipe vai preparar um canto para recepção ao recém nascido com material completo, caso seja necessário algum procedimento de reanimação neonatal. Começa uma certa movimentação, porque o bebê está prestes a nascer. O parto vai acontecer na banheira, ou na banqueta, na cama, onde a mulher preferir. Por baixo, para receber o bebê, vai um lençol descartável. O bebê vai nascer e vai direto para o colo da mãe. Será enxugado e avaliado pela parteira e/ou pediatra (quando houver). Bebê que nasce completamente bem (99%), continua no colo da mãe, ligado ao cordão. Se precisar de estimulação, ou algum procedimento (1%), vai para a mesa de recepção que foi montada. Resolvido, volta para o colo da mãe.
9) Mâe e bebê juntos vão para a cama. A amamentação vai se iniciar. A placenta vai sair. A parteira vai avaliar a integridade da peça, vai verificar sangramento e se há necessidade de dar algum ponto no períneo. Fará os pontos, se necessários, com material estéril. O cordão será cortado em algum momento após parar de pulsar. Possivelmente após a saída da placenta. O bebê será examinado, pesado, vestido e entregue à mãe.
10) A mãe vai comer alguma coisa, vai se ajeitar na cama e permanecerá lá com o bebê e o restante da família. As parteiras vão organizar a casa, fazer a limpeza geral e deixar tudo pronto antes de partirem, cerca de 2 a 3 horas após o parto, levando o material e deixando a casa como era antes do parto. Ao longo dos próximos dias, mãe e bebê receberão as visitas pós parto da equipe, com avaliação e ajuda na solução dos problemas de amamentação.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Depoimento do parto de Carol Crespo

Iniciei as 36 semanas de gestação com muita tosse e uma grande alteração na curva glicêmica.   No consultório da minha medica ela achou melhor que eu fosse ao hospital verificar se não se tratava de uma pneumonia.  Cheguei a Santa Casa e fui atendida pó uma medica residente muito atenciosa que descartou a pneumonia, mas se preocupou com a diabete e decidiu me internar.  No primeiro exame de toque, às 18hs, ela disse que o colo estava integro e não  havia qualquer sinal de dilatação. Mas 30 minutos depois começaram as contrações, que demorei a reconhecer e um sangramento. Com a troca de plantão, o medico que assumiu não me deu atenção, disse ser normal o exame de toque desencadear um sangramento e contrações e prosseguiu com a internação.  Ao chegar ao quarto, a enfermeira percebeu que eu estava em trabalho de parto e me encaminhou novamente ao  centro obstétrico. Eram 20hs, estava com 5cm de dilatação. O residente que não havia creditado em mim sugeriu uma inibição, mas o medico plantonista alertou não ser mais possível...ia nascer!!!!  Me levaram a sala de pré-parto e lá fiquei, sozinha e  com o barulho de uma televisão sobre a minha cama. Até tentei o chuveiro, com a ajuda de uma enfermeira, mas as contrações eram bem doloridas. Até que anunciaram, sua Doula chegou! Rose apareceu quando eu já estava desistindo, me colocou de pé, iniciou as massagens e exercícios. Senti um alivio imediato, tudo ficou mais suportável, mais fácil. Ela me devolveu o animo, me encorajou, me lembrou sobre a respiração e tudo foi seguindo. Fui andando para a sala de parto, com o apoio da Rose. Valentina nasceu  às 1:17 hs da manhã do dia 28 de março de 2013. Após a alta do hospital a Rose ainda foi em casa e me instruiu sobre o aleitamento, verificou se eu estava bem e deu um banho de balde na Valentina que ela adorou. Até hoje tira minhas duvidas sobre a bebê, me socorre quando ficou insegura e com duvidas...um verdadeiro anjo da guarda! Rose...obrigada por tudo

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Parto normal apos cesárea, `e possível ?


Os países com menores taxas de cesárea são os que apresentam menor taxa de mortalidade materna e neonatal. Com os hospitais e médicos da rede privada brasileira ostentando taxas de 80 a 90% de cesáreas, é natural que cada vez mais mulheres tenham passado por esse procedimento. Mulheres informadas a partir da segunda gestação, sobre tipos de parto e vantagens e desvantagens de cada um, muitas manifestam o  desejo de passar pelo trabalho de parto e parto vaginal. 

Depois de uma cesárea, posso ter um parto normal?

SIM. Como regra o parto normal sempre é mais seguro que a cesariana, uma cirurgia que têm suas complicações já conhecidas. (Veja artigo sobre riscos da cesárea no site amigas do parto). Existe risco de complicação de aproximadamente 0,6 % a cada vez que uma mulher é operada, independente das condições tecnológicas em que são feitas as cesáreas.

No caso do parto normal após cesárea (VABC), o principal risco é o de ruptura uterina. A taxa de ruptura uterina no VABC é de 0,5%. Caso ocorra uma ruptura, a mulher deve ser imediatamente operada para que o bebê seja retirado e a abertura seja fechada.
A questão primordial é: não existe parto sem risco, não existe nada na vida sem risco. Viver tem sua taxa de risco, mas deixar de viver não é uma opção. Quando uma mulher (ou um médico) opta pela cesárea para evitar a ruptura, ela não está eliminando o risco. Ela está trocando uma taxa por outra.

Quem então deve escolher se vai ter um parto normal ou cesárea?

Obviamente é a mulher, pois ela é quem deverá assumir as consequências de sua escolha. O médico será seu parceiro nessa escolha. É quem vai estar atento caso seja necessária uma intervenção, nos casos em que isso aconteça.

Porque então os médicos dizem que depois de cesárea é arriscado um parto normal?

Duas razões principais: a primeira é que obstetras são cirurgiões. Bons cirurgiões. Não são necessariamente bons parteiros e a maioria deles tem o olhar treinado para a anormalidade e não para a normalidade em suas mais variadas formas. A segunda é que a maioria dos médicos privados no Brasil prefere o parto cirúrgico de qualquer forma, tanto no primeiro parto, com nos seguintes, a qualquer idade ou situação de saúde. Isso é facilmente constatado pelas pesquisas recentes e pelas atuais taxas de cesárea. A questão médica normalmente acaba sendo: como justificar a escolha da cesárea? E se uma mulher já tem uma cesárea prévia, então já há uma justificativa pronta.

Então como faço se quiser ter um parto normal?

A mulher que quer ter um parto normal depois de cesárea na rede privada deve encontrar um médico que dê preferência ao parto normal sempre (não só no discurso como na prática, obviamente). (Entre em contato com o site Amigas do Parto para obter indicações). Na rede pública isso não é mais um problema, pois a maioria já adota a regra de tentar o parto normal antes de qualquer medida. O problema maior na rede pública é o abuso no uso do "soro", ou seja, o hormônio sintético ocitocina, como será discutido abaixo.

Toda mulher que teve cesárea pode ter um parto normal?

A imensa maioria pode, pois no Brasil a maioria das mulheres estão passando pela cesárea sem indicações claras e precisas. Geralmente a justificativa é "falta de dilatação", "passou da hora", "cordão enrolado no pescoço", todos esses argumentos bastante discutíveis. É apenas uma minoria que foi operada por ter problemas reais na bacia ou outra justificativa séria. Alguns fatores devem ser observados, no entanto. Se a operação foi feita com aquele corte baixo, na linha do biquini, então os riscos são de fato muito baixos. A operação feita de cima a baixo, o corte vertical, a princício traz um aumento do risco de ruptura. O outro ponto é o número de cesáreas prévias. Como em cada cirurgia o útero é cortado em um local diferente, quanto mais cirurgias, mais cicatrizes uterinas. No entanto a literatura cita com alguma frequência os partos normais depois de duas, três e até quatro cesáreas. No serviço público essas histórias são mais comuns, pois as mulheres já chegam no período expulsivo e não dá mais tempo de operar, mesmo que os médicos achem indicado.

Se eu quero um Parto Normal após Cesárea, o que devo evitar?

O mais importante é evitar o uso dos indutores e aceleradores de parto prostaglandina e misoprostol (citotec), que aumentam muito a força das contrações e portanto fazem aumentar o risco de ruptura. A ocitocina também deve ser evitada pois, embora seja menos prejudicial que os dois primeiros medicamentos, também aumenta a força das contrações uterinas.

É verdade que o Parto Normal após Cesárea só pode ser feito com fórceps?

Não, essa informação está totalmente equivocada. Muitos médicos dizem isso, e sabem que diante dessa ameaça a maioria das mulheres opta por uma cesárea eletiva. A verdade é que o uso do fórceps só deve ocorrer em caso de sofrimento fetal agudo. É um evento muito raro. Muito mais eficiente do que o uso do fórceps é permitir que a mulher fique semi-sentada, com o corpo o mais ereto possível, de preferência de cócoras, para ter força de expulsão. Infelizmente o fórceps tem sido muito mais utilizado por causa da ansiedade da equipe do que pela necessidade real.

Eu posso tomar anestesia em um Parto Normal após Cesárea?

A princípio pode, mas como em qualquer parto, deve ser usada em casos restritos, pois ela pode induzir o aparecimento de efeitos indesejáveis como a perda da força de expulsão, a desaceleração do trabalho de parto, a queda da pressão arterial e outros efeitos também sobre o bebê. No caso de se optar pela analgesia, ela deve ser a mais fraca possível (como em outros casos). Primeiro para afetar o menos possível o risco de desaceleração do parto e assim não haver necessidade de se usar ocitocina para correção do ritmo das contrações. Em segundo lugar, caso ocorra um raro evento de ruptura, a mulher poderá dizer que algo aconteceu.

Se eu sofrer uma ruptura uterina, como saberei?

Nas raríssimas vezes em que ocorre uma ruptura, a mulher percebe que algo está acontecendo. O primeiro sinal é que a dor aumenta muito e de repente. O segundo sinal é que entre as contrações a dor não diminui. O terceiro é uma dor nos ombros, perto do pescoço. Nesse caso a equipe deverá estar atenta e efetuar a cirurgia. Convém lembrar que esses são os sinais para qualquer ruptura uterina, em mães com primeira gestação, mulheres que não tiveram cesárea anterior, etc.

Como faço para entrar em contato com outras mulheres que tiveram PNAC?

No site Amigas do Parto tem uma seção de depoimentos só de PNAC. Cada depoimento tem o e-mail da autora para você entrar em contato, se quiser.
(www.amigasdoparto.com.br/depoimen.html#vbac)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Estudo sistemático fala sobre a importância do acompanhamento da Doula durante o trabalho de parto e parto


Aqui segue o link para o texto completo da revisão sistemática da Cochrane (por Ellen Hodnett e colaboradores) sobre apoio contínuo intraparto: para quem não sabe, TODAS as revisões Cochrane estão disponíveis gratuitamente para o Brasil e outros países da América Latina através da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME).

                       http://cochrane.bvsalud.org/doc.php?db=reviews&id=CD003766

APOIO CONTÍNUO PARA MULHERES DURANTE O PARTO (COCHRANE REVIEW)
Hodnett ED, Gates S, Hofmeyr G J, Sakala C

Hodnett ED, Gates S, Hofmeyr G J, Sakala C
Cochrane Database of Systematic Reviews, Issue , (Status in this issue: )

DOI: .CD003766-PT.pub
Esta revisão deve ser citada como: Hodnett ED, Gates S, Hofmeyr G J, Sakala C. Apoio contínuo para mulheres durante o parto (Cochrane Review) (Cochrane Review). In: Resumos de Revis�es Sistem�ticas em Portugu�s, Issue , CD003766-PT.
RESUMO
Objetivos
Principal: comparar os efeitos, para as mães e para os bebês, do apoio individual durante o parto com o tratamento habitual. Secundário: determinar se os efeitos do apoio contínuo são influenciados: (1) por práticas e políticas de rotina no ambiente do parto que podem afetar a autonomia da mãe, sua liberdade de movimento e a habilidade para enfrentar o parto; (2) pelo fato de a pessoa que dá apoio ser membro da equipe da instituição; e (3) pelo fato de o apoio contínuo ter início precoce ou tardio no trabalho de parto.
Antecedentes
As mulheres têm sido historicamente assistidas e apoiadas por outras mulheres durante o trabalho de parto. No entanto, nas últimas décadas e em hospitais em todo o mundo, o apoio contínuo, durante o parto, tornou-se mais exceção do que rotina. Devido às preocupações quanto à conseqüente desumanização das experiências das mulheres no parto, pediu-se a volta do apoio contínuo às parturientes por mulheres.
Estratégia de pesquisa
The Cochrane Pregnancy and Childbirth Group Trials Register (30/01/2003) e The Cochrane Central Register of Controlled Trials (The Cochrane Library, Issue 1, 2003).
Critério de seleção
Todos os ensaios clínicos randomizados, publicados ou não, que compararam o apoio contínuo durante o parto com o tratamento usual.
Recompilação e análise de dados
Foram usados os métodos padrão do grupo The Pregnancy and Childbirth Group da Colaboração Cochrane. Todos os autores participaram da avaliação da qualidade metodológica. Os dados foram extraídos independentemente por um autor e por um assistente de pesquisa. Os autores dos estudos foram contatados para a obtenção de informações adicionais. Os resultados foram apresentados por meio de risco relativo para os dados categóricos e diferença de média ponderada para os contínuos.
Resultados principais
Foram incluídos 15 estudos 12791 mulheres. Comparação principal: As mulheres que tiveram apoio contínuo no intraparto apresentaram menor tendência a necessitar de analgesia e de parto cesárea ou a relatar insatisfação com o parto. Análises por subgrupo: No geral, o apoio contínuo no intraparto associou-se a mais benefícios quando a pessoa que deu apoio não era membro da equipe do hospital, quando o apoio teve início precocemente no parto e quando foi realizado em locais em que a anestesia epidural não estava rotineiramente disponível.
Conclusões dos revisores
Todas as mulheres devem ter apoio durante o trabalho de parto.

sábado, 20 de abril de 2013

Depoimento do parto de Anatalia Dourado




Para algumas prssoas isso pode não ser nada, mas para mim quer dizer tudo!
Meu relato de parto!
Para começa-lo preciso voltar para antes do nascimento do meu primeiro grande amor!
Casei com Gabriel dia 24/11/2007 e mesmo indo contra tudo e todos,sabia que a partir daquele dia minha vida nunca mais seria a mesma!
Em fevereiro de 2009 descobrimos nossa primeira gravidez! Lucca estava a caminho, eu sempre pratiquei yoga, busquei o que seria melhor para a minha gestacao! Sempre soube e acreditei que o parto normal é o caminho ideal, o melhor caminho!
Acreditei estar indo ao melhor medico, que gestacao otima!!! Não passei mal, engordei pouco, tudo caminhava muito bem, ate que foi chegando perto ate que descobri que o doutor fofo era assumidamente cesarista! E agora?como mudar e encontrar outro medico no fim de uma gestacao! Marido longe, ficava sozinha e morando longe, enfim chegamos as 40 semanas e o medico nao queria nem saber de esperar o momento do meu lucca vir ao mundo!enfim sai de casa como quem ia ao salão fazer uma unha mas estava indo retirar meu filho de mim! Dia 20/10/2009 lucca nasceu pesando 3570kg e 50cm as 11:18! Estava ali feliz em ter meu menino no bracos, mas cheia de dores e medos! Fiquei super inchada, nao conseguia andar cheia de dores, sai da maternidade sem saber a delicia que é amamentar e desaprendi a sorrir, tive alta e nunca me senti tao mal na vida! Lucca nasceu e praticamente o vi horas depois, nao respeitaram o meu direito a ter acompanhante durante o parto, ou seja fiquei horas sozinha, querendo meu marido, deram para ele nan, sem ao menos me pergutarem se podia, simplesmente vieram e falaram maezinha ele estava com fome e demos um pouquinho de nan!ah va, eu cheia de leite, e eles me falam que meu filho estava com fome, era so vir me ensinar a amamentar corrtamente! Chorei muito,sofro muito, briguei muito e quando percebi que realmente precisava de ajuda peguei meu filho com 15 dias, subi em um avião e fomos para a casa da vó eutalia em brasilia! La fui levada ao banco de leite aonde reaprendi a amamentar, fui cuidada e amada e a minha alta foi o meu sorriso, no dia em que voltei a sorrir minha mae falou agora voce pode voltar! E assim voltei!!! Mas anos se passaram e sempre fiquei com esse trauma, uma cesarea eletiva desnecessaria, uma amamentacao frustada lucca nao pegou o peito, meu filho veio ao mundo quando o medico quis nao ele, meu filho cheio de problemas respiratorios, etc.
Lucca ja estava grandinho, e eu sempre disse quero 2 filhos, e assim em acordo decidimos que era hora do lucca ganhar um irmão! E assim foi! Em julho descobri mas um baby a bordo!
Mas dessa vez eu faria e escreveria uma historia diferente!
Busquei, pesquisei e assim foi!
Primeiro mudei de GO, fui apresentada a um anjo chamada Izilda Pupo! Que mulher, que luz, que medica! Me tratando sempre com muito amor e carinho! Thais Alencar foi outro anjo que comp amiga e vitima de outro parto frank me apoio e buscou junto comigo! Rose Pereira a doula EO mais lind, sem ela com ctz nao teria conseguido! Enfim atraves delas fui apresentada ao parto natural! Era isso que eu sempre quis!
Marjorie Sa la do outro lado foi me assessorando e me incentivando! Ellen Infante tirou minhas dores cuidando de mim com suas maos e agulinhas magicas! E as minhas amigas do grupo prazer em parir qur foram indispensaveise unicas!
E assim caminhamos!
Dia 04/04 estava em prodomos, nao dormi e para tirar um pouco a dor que estava sentindo combinei com ellen a acumpuntura e o moxa no dia 5 as 16, cheguei la e enquanto faziamos percebemos o ritmo das contracoes,estava de 7 em 7 com duracao de 40 seg!ellen ja logo falou vou svisar a rose,fui andando para casa e percebendo as contracoes cada vez mais intnsas! Ga chegou do servico e falei amor me ajuda a contar o tempp das contracoes,diego esta chegando!enfim as contracoes foram oara 5seg ligamos oara a doula por volta das 20hr,umas 22 ela chegou em casa toda preparada ja sabendo que seria aquele dia!escutamos o coracao do bebe, vimos a dilatacao 2 ddos! E fomos ajudar o trabalho de parto com exercicios e tudo o que o meu corpo pedisse!ligamos para a minha cunhada e irmao que vieram buscar o lucca! E dei um beijo mo meuenino sabendo que aqueke seria o ultimo momento que eu beijaria apenas 1 filho!e que meu colo teria mais um dono! E assim ele se foi...
Por volta de meia noite medimos novamente a dilatacao estavamos de 3para 4! Saimos, fomos caminhando ate a farmacia,caada contraccao que vinha dava uma rebolada no meio da rua tomando um picole!
Kkkkkkkk
Voltamos e por volta das 3 a rose propos que fossemos deitar eu ja estava desde a outra noite sem dormir!não consegui!
Voltamos os exercicioe as 6 medimos novamente,6/7 de dilatacao e tampao caiu!ebaaaa
Marido foi na feira comprou umas fritas. MAridao foi na feira e eu comi uma melancia decafe!

Em sguida ligamos oara a dra e fomos ao encontro dela no hospital,chegando la dilatacao total!:)
So faltava diego descer ele estava alto! E forca,postura,exercicios,respiracao...fomos escutar o coracao do diego por volta da 10 e a frequencia estava baixa, e eke continuava alto e o cansaco foi chegando, e ai a bolsa estoroue reparamos um pouco de meconio mas tudo dentro do normal, resolvi fazer forca sentada na bola quando senti uma vontade igual a de urinar porem era meconio(coco) do diego e assim foram sucessivas vezes,olhava para o meu marido e falava nao vou conseguir,e mru companheiro(que por sinal mostrou ser um homem especial
Ficou ao meu lado durante todo o tranalho de parto), foi quando a dra me olhou e falou que nao tinha jeito,que era para ter nascido aumas 2 horas ja pelo ritmo do meu corpo e mais ima vez meconio e decidido vamos para a crsarea nao dava mais para esperar!e assim as 11:48 com 52cm e 3515kg nasceu diego!
E veio direto para oseus bracos,beijei,choramos!mas tufo era diferente!diego escolheu dia 06/04 para vir ao
mundo,meu marido ficou ao meu lado o tempo todo, pegou o peito como se nunca tivesse saido dele,eu sai andando como senada
tivesse acontecido!
Enfim aceitei queele veio quando e como quis!
Me senti empoderada e apesar devter ido para a cesarea meu corpo trabalhou perfeitamente!meu marido foi unico e tenho muito orgulho de ter escolhido ele na
Minha vida!
Enfim estou feliz e realizada por ter feito a escolha certa!
Amoser mae,amo minha familia!
E hj completamos 2 semanas de chorinho e muito leitinho



sábado, 16 de março de 2013

Depoimento do parto de Thais Polydoro e Fabio



SÁBADO, 16 DE MARÇO DE 2013

A grande aventura para a chegada do THEO!





A idéia fazer  este relato,  por um lado é para guardar para sempre cada detalhe deste momento único que ainda está presente na minha memória, e por outro, para encorajar as novas mães ao parto normal.

Vamos lá ...


Fabio e eu acordamos as 6 horas da manhã  para a caminhada matinal na praia.



Na volta percebi que tinha contrações indolores a cada 15 min. Fomos a obstetra as 9 da manhã. Na consulta, foi constatado que  a dilatação ainda era de 1 cm, mais  existia possibilidade de iniciar o trabalho de parto em 06.03.13 .

Voltamos para casa com a rotina normal, feira, almoço, subida de 8 andares  de escada  etc. 

Comecei a controlar as contrações a partir do momento que elas começaram a incomodar com dor : 12:45 / 12:55 / 13:05 /  13:20 /13:30 / 13:45/ 13:52 / 14:00 / 14:10 / 14:21 / 14:31 / 14:41/ 14:52 /14:57 / 15:06/ 15:14 / 15:19 / 15:23/15:31 / 15:40 / 15:46 / 15:56 / 16:00 / 16:08/ 16:24/ 16:30 / 16:42 / 16:51 / 17:02 / 17:08 / 17:15 / 17:19 / 17:24 / 17:29 / 17:35 / 17:40 /  17:44 / 17:49 ...

Minha mãe veio me encontrar logo após o almoco. Contactei a obstetra que pediu para a doula entrar em contato assim que chegasse. 

Fiquei em casa no meu quarto com meia luz.

A doula Rosemary chegou por volta de 17:30 com seus instrumentos : banco de cócoras, bolsas de água quente e  bola. Imediatamente ela  me colcou em baixo do chuveiro quente no banquinho para aliviar as contrações que ja estavam a cada 3 minutos.

Descrever as contrações  é uma tarefa difícil, pois enquanto no útero parece uma cólica muito intensa, simultaneamente,  na região da  lombar ocorre uma dor de estiramento muito forte.

A cada contração eu pensava "menos uma" , mais a minha razão manifestava o desejo de  saber qual o total necessário para o trabalho de parto. Uma conta impossível de prever.

Ter a Rosemary ao meu lado foi incrível, pois ela alem ouvir o  bebë com dopler, verificar a dilatação, possui inúmeras técnicas de alívio para a dor.

Após 3 horas de trabalho de parto, de 3 em 3 minutos e a dilatação ainda estava em 2,5 cm. Neste momento inicia-se uma forte chuva na cidade, que todos os dias tem alagado por aqui. Eu comecei a pedir analgesia, mais isso somente seria possivel no hospital.  Rosy, me encorajou a ficar mais tempo em casa e esperar a chuva passar.

O tempo vira uma loucura! A cada 3 min a onda chega e vai... Até que a bolsa estourou por volta das 20 : 15 e a dilatação foi para 5 cm. Rose falou com a Dra Izilda , e no hospital que eu planejava ter o THEO  não havia vaga. 

Assim, a Dra estava me esperando no Hospital Beneficiência Portuguesa.

A partir daí,  as ondas vinham acompanhadas  com uma vontade intesa de fazer força!

Viemos para sala da minha casa onde encontravam-se o Fabio,  a mãe do Fáfio - rita,  minha avó Ana e minha mãe Eliana. Saímos em poucos minutos.

 Nesta altura a chuva já  havia passado, mais o transito estava intenso. No trajeto 3 contrações fortes.

Chegamos no hospital e  nos direcionamos  diretamente para o  centro obstetrico. A dilatação havia ido do 5 ao 10 em menos de 15 min, durante o trajeto no carro. 

O THEO já estava coroado!

O elevador chegou e mais uma onda estava vindo... apertamos o 4o. andar. O elevador parou do 2o. e uma senhora entrou... eu olhei para ela e pedi para ela entrar logo. Para o meu desespero a senhora apertou o 3o. andar... neste momento, já com  minha razão na partoländia,  fez com que eu olhasse para aquela senhora e disesse : " Bela coisa a senhora fez!" . O elevador parou no 3 andar e a senhora ficou paralizada pois havia percebido que eu estava em trabalho de parto. Pedi para ela sair rápido pois o parto estava proximo!!!

Quando avistei a Dra Izilda eu pedi analgesia. Ela me direcionou para o Centro Obstétrico para me examinar e me disse: " Sinto muito bonequinha, seu bebê está nascendo e não vai dar tempo de anestesia.Você terá uma parto natural e sem anestesia. Venha para esta sala ao lado!"

Fabio neste momento havia descido para entregar a ficha de internação.

Indiscritivelmente subi na cama, na penumbra,  minha irmã chegou ao meu lado, senti o circulo de fogo e  em 3 contrações o THEO nasceu as 20:56 de 06/03/13 com 53,5 cm e 3,560 kg . O parto iniciou-se na posição de cócoras e finalizou-se em pé.


Deitei  na cama enquato minha irmã  cortava o cordão umbilical e o THEO imediatamente veio para o meu aconchego.

A emoção é grande! 



Cantei para o THEO  a música de Guiné Bissau que a Renata Laurentino cantou no cha de bebë dele : "Hoje tem festa em Santos porque o THEO veio,  ele está aqui! De um sorriso no rosto,  um aperto de mao e um abraço apertado! Vamos saldar ao Theo ele está aqui , ele está ao meu lado! "

SEJA BEM VINDO MEU PEQUENINO!



A pediatra chegou, pegou ele enquanto a obstetra fazia as massagens para expulsão da placenta.

Saímos de casa as 20:36 e entre trajeto de carro, entrada no hospital e parto tivemos 20 minutos.


O parto foi a coisa mais incrivel que já vivi!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Sobre toque vaginal, faça vocë mesma !

Toque vaginal: faça você mesma!


Primeiro quero ressaltar que toda mulher pode e deve se tocar! E quando digo se tocar, digo em sentido amplo, em todas as fases da vida, para conhecer seu corpo, descobrir seu sexo, se dar prazer, reconhecer seu ciclo e suas mudanças hormonais.

O toque vaginal com o intuito de avaliar o colo do útero pode ser aprendido antes da gestação, durante a gestação, ou até mesmo durante o trabalho de parto!

Perceber as modificações que ocorrem no colo uterino e no muco cervical durante o ciclo menstrual, pode ajudar a mulher a distinguir seus dias férteis.

Conhecer seu colo do útero durante a gestação permite identificar as mudanças que sinalizam o amadurecimento e a dilatação cervical, que algumas vezes precedem o trabalho de parto e outras vezes só acontecem depois de iniciado o trabalho de parto.

Então vamos lá, mãos à obra!

As instruções iniciais são exatamente as mesmas da massagem perineal e também pode ser feito em conjunto com seu parceiro, que ao aprender o toque vaginal poderá partilhar com você outras percepções.

- Encontre um lugar onde você possa ficar sozinha, ou com seu parceiro, ininterruptamente.
- Ache uma posição confortável e que você tenha maior alcance a sua vagina. Uma dica é fazer flexão de tronco (curvar-se a frente ou ficar de cócoras), pois diminui a distância entre sua mão e sua vagina.
- Lave suas mãos e peça ao seu companheiro para fazer o mesmo, caso ele vá lhe ajudar.
- Lubrifique seu dedo indicador e médio. Você pode usar vários tipos de lubrificantes: gel a base de água, óleos vegetais, óleos minerais, etc.
- Coloque seus dois dedos dentro vagina e devagar vá deslizando-os em direção ao fundo da vagina, até encontrar o colo do útero.


- O colo do útero é uma estrutura proeminente e arredondada, com consistência parecida com a ponta do seu nariz. Geralmente, encontra-se em posição posterior, isto é, voltado para trás, em direção ao ânus. Em seu centro pode ser sentido um pequeno buraquinho, que permanece fechado durante toda a gestação (imagem acima).
- Durante o trabalho de parto o colo uterino se centraliza em relação ao canal de parto (vagina) e sofre duas modificações: o esvaecimento e a dilatação.
- O esvaecimento e a dilatação são independentes entre si, um pode ocorrer antes do outro ou ambos podem ocorrer simultaneamente.
- O esvaecimento ou amadurecimento ou apagamento cervical começa com a mudança de consistência, o colo uterino se torna macio, parecido com seu lábio. A seguir vai encurtando, se tornando menos proeminente, até ficar completamente plano e bem fino como uma membrana.


- A dilatação cervical é a abertura do colo do útero (imagem acima). O pequeno buraquinho no centro do colo começa a se abrir e conforme vai se abrindo pode ser medida a dilatação introduzindo inicialmente a ponta um dedo (± 1cm). Com a evolução da dilatação é possível colocar os dois dedos e a partir daí se mede sempre com esses dois dedos. Ao colocar os dois dedos você deverá abri-los o máximo possível e tentar perceber exatamente a posição/distância em que eles ficaram. Ao retirar os dedos, reproduza a posição/distância percebida e meça numa régua quantos centímetros tem da parte externa do dedo indicador até a parte externa do dedo médio (é medido por fora dos dedos). Deve ser medido numa régua, pois a largura dos dedos varia de pessoa para pessoa.
- A dilatação total é padronizada como 10cm. Porém na prática, para que haja o parto, considera-se a dilatação total quando no toque não se sente mais nada do colo, apenas a cabeça do bebê.
- Se a dilatação começar antes do colo se apagar, você poderá sentir a proeminência do colo, isso é chamado de rebordo de colo. É uma situação comum, que geralmente se resolve sozinha com o avanço do trabalho de parto.
- É comum o esvaecimento e/ou dilatação começar dias ou até mesmo semanas antes do parto, sem que isso signifique trabalho de parto iminente.
- Como é comum também o trabalho de parto se iniciar sem nenhuma mudança no colo e todo o processo de esvaecimento e dilatação ocorrerem durante o mesmo.

Por fim, cabe lembrar que cada mulher e cada parto são únicos, e que conhecer a dilatação não quer dizer muita coisa sobre a duração do trabalho de parto. Digo isso, pois tem mulheres que ficam doze horas para dilatar 2cm e depois dilatam os outros 8cm que faltam em duas horas, como tem também mulheres que após completarem a dilatação total ficam muito mais de duas horas até sentir os puxos do expulsivo – esses exemplos são para mostrar que cada caso é um caso, não tem fórmula, receita, padrão, tudo é relativo!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Em que momento do parto se deve fazer força?

Nesta matéria  Daniele Suzuki fala sobre o parto de seu filho, com a seguinte declaração:

"Comecei a sentir as contrações, que suavemente foram se fortalecendo até se tornarem insuportáveis. Esperei um dia e meio e quando já não dava mais fui pro hospital. Aquele momento ali das contrações no quarto não consigo descrever, tamanha a dor que me deixou em transe, principalmente depois que a Dra. Elizabeth me pediu para forçar a saída do bebê a cada contração que eu tivesse. Depois de 8hs nesse trabalho eu ainda estava estagnada com 1 cm de dilatação foi aí que decidiram pela cesária." 

Decidi pesquisar mais a respeito dessa recomendação feita pela médica de Daniele, e encontrei o seguinte:

Sobre fazer força antes da dilatação completa: 

"Durante o primeiro estágio do trabalho de parto, quando as contrações estão com intervalos de 5 minutos ou mais com duração de 30 ou 40 segundos, não deve ser recomendado  que a  gestante  faça força, pois o ato de empurrar o feto antes do colo do útero estar totalmente dilatado  (10 cm), é um desperdício de energia e pode causar laceraçãoou edema de  colo do útero." Manual Merck de Saúde para a Família

"A fase final do primeiro estágio do parto é chamada de transição e é particularmente intensa. É o momento no qual o colo do útero dilatará de 7 a 10 cm. Você pode sentir uma necessidade  incrivel de empurrar o feto , mas é aconselhado que resista. Empurrá-lo antes do colo uterino estar completamente dilatado pode lesar o colo e os tecidos perineais .
 UOL Saúde 

"Em  vez de força,  respire profundamente crescendo o abdomen, mentalize isso durante as contrações, e exale soprando suavemente  visualizando uma vela ou vocalizando um mantra, nos intervalos respire e relaxe. Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR

"A mãe poderá sentir vontade de começar a fazer força para baixo, ou como se fosse evacuar, se estiver com dilatação completa, siga seus instintos, caso contrario resista só mais um pouquinho inspirando e soltando o ar rapidamente . Se o colo não estiver  completamente dilatado pode causar endurecimento cervical e retardar o parto e até diminuir a dilatação. No entanto, muitas vezes  essa sensação  é o sinal de que a dilatação está completa.
"Revista Pais & Filhos


Sobre fazer força durante o expulsivo: 

Existe  também um estudo muito interessante que afirma que "mandar a mulher fazer força não reduz o tempo do trabalho de parto”, além de trazer consequências negativas a longo prazo: 

"Das 320 mulheres que participaram no estudo, 128 foram examinadas 3 meses após o parto. Percebeu-se que aquelas que tinham sido incentivadas a fazer força tinham uma menor capacidade na bexiga. No entanto os investigadores indicam que a função da bexiga pode voltar a normalizar com o tempo, pelo que, o descoberto pode não ter efeitos permanentes.

Este estudo surge na sequência de um outro, que demonstrou, que o risco de problemas no pavimento pélvico aumenta, em mulheres que são forçadas a fazer força na segunda fase do trabalho de parto. O Dr. Steven Bloom, obstetra e ginecologista que participou na investigação, diz que “normalmente o melhor é que a mulher faça o que parecer mais cômodo para ela”."
 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS):

"A prática de estimular o fazer força de forma prolongada e dirigida (manobra de Valsalva) durante a segunda fase do trabalho de parto é amplamente utilizada em muitas maternidades. A alternativa é apoiar o padrão espontâneo da mulher de fazer força.

Vários estudos compararam estas duas práticas (Barnett e Humenick 1982, Knauth e Haloburdo 1986, Parnell e al 1993, Thomson 1993). A força involuntária resultou em três a cinco “forças” relativamente curtas (4-6 segundos) a cada contracção, comparando com forças continuas com 10-13 segundos de duração, acompanhadas por apneia forçada. O segundo método resulta numa segunda fase um pouco mais curta, mas pode causar alterações de frequência e de volume de fluxo cardíaco provocadas pela respiração. (...) 


As evidências existentes são poucas, mas delas emerge um padrão onde o fazer força de forma prolongada e precoce resulta numa diminuição modesta da duração da segunda fase, mas isto não parece trazer nenhum benefício; parece haver comprometimento das trocas gasosas materno-fetal. A força espontânea curta parece ser melhor (Sleep et al 1989).
 "

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Relato de Ana Branco


        Desde muito cedo sempre tive o sonho de ter parto normal, não sei porquê nem como, mas nunca fui a favor da cesárea, e desde que lembro sempre achei lindo mulheres que pariam de cócoras.
Daí que engravidei do meu primeiro filho, super planejado e esperado. Trabalhei que nem uma condenada durante toda a gravidez e sabia que precisava me exercitar pois estava engordando muito e como eu já havia feito Yoga antes, achei legal a ideia de praticar também na gestação, e foi assim que encontrei a queridíssima Adriana Vieira, quem me orientou a respeito dos exercícios e dos benefícios do Yoga, porém como eu trabalhava em São Paulo era constante a perda das aulas por não conseguir chegar a tempo. No final do sétimo mês eu acabei parando com os exercícios devido ao grande cansaço provocado pelo excesso de trabalho. Quando fiz meu último ultrassom a médica disse que as medidas do Bernardo eram grandes demais para um parto normal e que deveria ser cesárea, fiquei assustada e fui direto pro consultório da minha obstetra, que confirmou que seria muito complicado mesmo tentar o parto normal devido as medidas do bebê. Nesse instante me veio uma frustração imensa, mas me convenci de que era a melhor saída quando a médica disse que seria muito sofrido pra mim e para o bebê um parto normal e então partimos para a cesárea eletiva e foi assim que nasceu meu pequeno Bernardo, hoje com 2 anos e 2 meses (maio 2012).
Na segunda gestação também planejada e esperada decidi que eu faria a minha parte para ter um parto normal e realizar meu grande sonho. Levei a sério as aulas de Yoga Pré Natal, me informei a respeito de partos normais e tudo o que devia saber para chegar ao meu objetivo. No final da gestação procurei uma Doula, a querida Rosemary Pereira, que me preparou para o grande e esperado momento, que chegou no dia 10 de março as 2h da manhã com cólicas e contrações, aguentei até as 4h antes de acordar meu marido, para ter certeza de que estava mesmo iniciando meu Trabalho de Parto. As 5h estava com contrações de 10 em 10 minutos então liguei para a Rose que chegou em casa as 6h. Enquanto a aguardava eu tomei um banho relaxante fazendo alguns exercícios na bola suíça. Ao chegar, Rose me examinou e disse que meu bebê só nasceria a noite e indicou que eu tomasse um Buscopan para que as cólicas diminuíssem e eu pudesse dar um passeio com a família para relaxar pro grande momento. Avisamos a Dra. Izilda que concordou com o diagnóstico. Então fui para a praia caminhar na água para ajudar no TP. As dores voltaram por volta das 13h quando liguei novamente para a Rose que em meia hora já estava em casa. E então iniciamos uma série de exercícios e massagens para que tudo corresse bem. As 18h eu estava com contrações de 10 em 10 minutos, ligamos para a Dra. pois eu queria ir para o Hospital onde eu achava que estaria mais segura para qualquer ocorrido fora do programa. Cheguei ao hospital por volta das 19h. Lá continuei com os exercícios de agachamento, dança, pulo na bola, caminhadas pelo corredor com o maridão, que foi muito companheiro o tempo todo. A dilatação demorou a começar e eu fazendo muuuitos exercícios para ajudar. Porém quando foi por volta das 23h a Dra me examinou e tinha somente um dedo de dilatação!!! Um dedo???!!! Depois de tantas horas??? Eu estava exausta de tanto exercício, parecia que eu estava participando do Iron Man. Foi quando tive meu momento covardia. Chamei o maridão e disse que eu desistia, que chamasse a Dra. Que eu queria partir para a cesárea. Minha cabeça estava tããão confusa nesse momento que só pensava na cesárea. A Dra veio e me disse: Mas agora que está chegando perto? Vamos continuar tentando? Eu disse que estava muito cansada e que não aguentava mais sentir dor, foi então que ela me ofereceu, além de muito carinho e beijinhos uma analgesia. Perguntei: - A sra acha que ainda tenho chances? Ela respondeu: - Claro! Fui para o Centro Cirúrgico e tomei uma pequena dose da Peridural. Fui examinada novamente e a Dra. estourou minha bolsa. Dormi um pouco na sala de pré parto e quando acordei me senti em outra dimensão, o que chamam de Partolândia, onde eu parecia já não ouvir direito as informações externas, tamanha a concentração no ato de parir. Quando me dei conta estava fazendo força, sentada em uma cadeira apropriada para parto de cócoras. As dores estavam muito fortes, mas minha atenção maior estava em expulsar meu bebê. Meu marido foi sensacional ficando ao meu lado, segurando minha mão, me emprestando sua energia. A Rose ficou sentada atrás de mim, me apoiando a cada intervalo das contrações, me ajudando com a respiração adequada. Adriana Vieira registrando tudo com sua câmera e me apoiando com palavras de incentivo. E minha querida Dra com todo seu carinho, garra e dedicação, me instruindo para a expulsão. Rose levou um espelho para me mostrar a cabecinha do bebê, quando eu vi e pude sentir tocando a cabecinha do Pedro me veio uma força de não sei onde e eu coloquei toda a minha energia naquele finalzinho, forçando muito para que meu Pedro pudesse nascer, num lindo parto de cócoras. E quando me dei conta Pedro escorregou, amparado pelas minhas mãos. Foi um momento tão mágico que eu nem consigo descrever com palavras, pois é um momento único, maravilhoso que não sei explicar. Meu lindinho nasceu as 2h22 de 11 de março de 2012 com 3600kg e 50 cm. Assim que nasceu já o coloquei no peito, mas ele, gulosinho que só, já tinha tomado tanto líquido aminiótico que estava satisfeito. A coisa é tão mágica que somente no dia seguinte é que me dei conta que realizei meu grande sonho de parir de cócoras!!! Ana Branco Abreu, mãe de Bernardo (2 anos) e Pedro (2 meses)


Ana Branco- gravidez Bernardo (2010)
NamaskarYoga-IAna Branco- gravidez Bernardo (2010)

Ana Branco- gravidez Pedro (fevereiro-2012)
NamaskarYoga-Ana Branco- gravidez Pedro (fevereiro-2012)

Ana Branco- com Pedro (maio 2012)
NamaskarYoga-Ana Branco- com Pedro (maio 2012)
NamaskarYoga-IAna Branco- com Pedro (maio 2012)