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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Em que momento do parto se deve fazer força?

Nesta matéria  Daniele Suzuki fala sobre o parto de seu filho, com a seguinte declaração:

"Comecei a sentir as contrações, que suavemente foram se fortalecendo até se tornarem insuportáveis. Esperei um dia e meio e quando já não dava mais fui pro hospital. Aquele momento ali das contrações no quarto não consigo descrever, tamanha a dor que me deixou em transe, principalmente depois que a Dra. Elizabeth me pediu para forçar a saída do bebê a cada contração que eu tivesse. Depois de 8hs nesse trabalho eu ainda estava estagnada com 1 cm de dilatação foi aí que decidiram pela cesária." 

Decidi pesquisar mais a respeito dessa recomendação feita pela médica de Daniele, e encontrei o seguinte:

Sobre fazer força antes da dilatação completa: 

"Durante o primeiro estágio do trabalho de parto, quando as contrações estão com intervalos de 5 minutos ou mais com duração de 30 ou 40 segundos, não deve ser recomendado  que a  gestante  faça força, pois o ato de empurrar o feto antes do colo do útero estar totalmente dilatado  (10 cm), é um desperdício de energia e pode causar laceraçãoou edema de  colo do útero." Manual Merck de Saúde para a Família

"A fase final do primeiro estágio do parto é chamada de transição e é particularmente intensa. É o momento no qual o colo do útero dilatará de 7 a 10 cm. Você pode sentir uma necessidade  incrivel de empurrar o feto , mas é aconselhado que resista. Empurrá-lo antes do colo uterino estar completamente dilatado pode lesar o colo e os tecidos perineais .
 UOL Saúde 

"Em  vez de força,  respire profundamente crescendo o abdomen, mentalize isso durante as contrações, e exale soprando suavemente  visualizando uma vela ou vocalizando um mantra, nos intervalos respire e relaxe. Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR

"A mãe poderá sentir vontade de começar a fazer força para baixo, ou como se fosse evacuar, se estiver com dilatação completa, siga seus instintos, caso contrario resista só mais um pouquinho inspirando e soltando o ar rapidamente . Se o colo não estiver  completamente dilatado pode causar endurecimento cervical e retardar o parto e até diminuir a dilatação. No entanto, muitas vezes  essa sensação  é o sinal de que a dilatação está completa.
"Revista Pais & Filhos


Sobre fazer força durante o expulsivo: 

Existe  também um estudo muito interessante que afirma que "mandar a mulher fazer força não reduz o tempo do trabalho de parto”, além de trazer consequências negativas a longo prazo: 

"Das 320 mulheres que participaram no estudo, 128 foram examinadas 3 meses após o parto. Percebeu-se que aquelas que tinham sido incentivadas a fazer força tinham uma menor capacidade na bexiga. No entanto os investigadores indicam que a função da bexiga pode voltar a normalizar com o tempo, pelo que, o descoberto pode não ter efeitos permanentes.

Este estudo surge na sequência de um outro, que demonstrou, que o risco de problemas no pavimento pélvico aumenta, em mulheres que são forçadas a fazer força na segunda fase do trabalho de parto. O Dr. Steven Bloom, obstetra e ginecologista que participou na investigação, diz que “normalmente o melhor é que a mulher faça o que parecer mais cômodo para ela”."
 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS):

"A prática de estimular o fazer força de forma prolongada e dirigida (manobra de Valsalva) durante a segunda fase do trabalho de parto é amplamente utilizada em muitas maternidades. A alternativa é apoiar o padrão espontâneo da mulher de fazer força.

Vários estudos compararam estas duas práticas (Barnett e Humenick 1982, Knauth e Haloburdo 1986, Parnell e al 1993, Thomson 1993). A força involuntária resultou em três a cinco “forças” relativamente curtas (4-6 segundos) a cada contracção, comparando com forças continuas com 10-13 segundos de duração, acompanhadas por apneia forçada. O segundo método resulta numa segunda fase um pouco mais curta, mas pode causar alterações de frequência e de volume de fluxo cardíaco provocadas pela respiração. (...) 


As evidências existentes são poucas, mas delas emerge um padrão onde o fazer força de forma prolongada e precoce resulta numa diminuição modesta da duração da segunda fase, mas isto não parece trazer nenhum benefício; parece haver comprometimento das trocas gasosas materno-fetal. A força espontânea curta parece ser melhor (Sleep et al 1989).
 "

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Relato de Ana Branco


        Desde muito cedo sempre tive o sonho de ter parto normal, não sei porquê nem como, mas nunca fui a favor da cesárea, e desde que lembro sempre achei lindo mulheres que pariam de cócoras.
Daí que engravidei do meu primeiro filho, super planejado e esperado. Trabalhei que nem uma condenada durante toda a gravidez e sabia que precisava me exercitar pois estava engordando muito e como eu já havia feito Yoga antes, achei legal a ideia de praticar também na gestação, e foi assim que encontrei a queridíssima Adriana Vieira, quem me orientou a respeito dos exercícios e dos benefícios do Yoga, porém como eu trabalhava em São Paulo era constante a perda das aulas por não conseguir chegar a tempo. No final do sétimo mês eu acabei parando com os exercícios devido ao grande cansaço provocado pelo excesso de trabalho. Quando fiz meu último ultrassom a médica disse que as medidas do Bernardo eram grandes demais para um parto normal e que deveria ser cesárea, fiquei assustada e fui direto pro consultório da minha obstetra, que confirmou que seria muito complicado mesmo tentar o parto normal devido as medidas do bebê. Nesse instante me veio uma frustração imensa, mas me convenci de que era a melhor saída quando a médica disse que seria muito sofrido pra mim e para o bebê um parto normal e então partimos para a cesárea eletiva e foi assim que nasceu meu pequeno Bernardo, hoje com 2 anos e 2 meses (maio 2012).
Na segunda gestação também planejada e esperada decidi que eu faria a minha parte para ter um parto normal e realizar meu grande sonho. Levei a sério as aulas de Yoga Pré Natal, me informei a respeito de partos normais e tudo o que devia saber para chegar ao meu objetivo. No final da gestação procurei uma Doula, a querida Rosemary Pereira, que me preparou para o grande e esperado momento, que chegou no dia 10 de março as 2h da manhã com cólicas e contrações, aguentei até as 4h antes de acordar meu marido, para ter certeza de que estava mesmo iniciando meu Trabalho de Parto. As 5h estava com contrações de 10 em 10 minutos então liguei para a Rose que chegou em casa as 6h. Enquanto a aguardava eu tomei um banho relaxante fazendo alguns exercícios na bola suíça. Ao chegar, Rose me examinou e disse que meu bebê só nasceria a noite e indicou que eu tomasse um Buscopan para que as cólicas diminuíssem e eu pudesse dar um passeio com a família para relaxar pro grande momento. Avisamos a Dra. Izilda que concordou com o diagnóstico. Então fui para a praia caminhar na água para ajudar no TP. As dores voltaram por volta das 13h quando liguei novamente para a Rose que em meia hora já estava em casa. E então iniciamos uma série de exercícios e massagens para que tudo corresse bem. As 18h eu estava com contrações de 10 em 10 minutos, ligamos para a Dra. pois eu queria ir para o Hospital onde eu achava que estaria mais segura para qualquer ocorrido fora do programa. Cheguei ao hospital por volta das 19h. Lá continuei com os exercícios de agachamento, dança, pulo na bola, caminhadas pelo corredor com o maridão, que foi muito companheiro o tempo todo. A dilatação demorou a começar e eu fazendo muuuitos exercícios para ajudar. Porém quando foi por volta das 23h a Dra me examinou e tinha somente um dedo de dilatação!!! Um dedo???!!! Depois de tantas horas??? Eu estava exausta de tanto exercício, parecia que eu estava participando do Iron Man. Foi quando tive meu momento covardia. Chamei o maridão e disse que eu desistia, que chamasse a Dra. Que eu queria partir para a cesárea. Minha cabeça estava tããão confusa nesse momento que só pensava na cesárea. A Dra veio e me disse: Mas agora que está chegando perto? Vamos continuar tentando? Eu disse que estava muito cansada e que não aguentava mais sentir dor, foi então que ela me ofereceu, além de muito carinho e beijinhos uma analgesia. Perguntei: - A sra acha que ainda tenho chances? Ela respondeu: - Claro! Fui para o Centro Cirúrgico e tomei uma pequena dose da Peridural. Fui examinada novamente e a Dra. estourou minha bolsa. Dormi um pouco na sala de pré parto e quando acordei me senti em outra dimensão, o que chamam de Partolândia, onde eu parecia já não ouvir direito as informações externas, tamanha a concentração no ato de parir. Quando me dei conta estava fazendo força, sentada em uma cadeira apropriada para parto de cócoras. As dores estavam muito fortes, mas minha atenção maior estava em expulsar meu bebê. Meu marido foi sensacional ficando ao meu lado, segurando minha mão, me emprestando sua energia. A Rose ficou sentada atrás de mim, me apoiando a cada intervalo das contrações, me ajudando com a respiração adequada. Adriana Vieira registrando tudo com sua câmera e me apoiando com palavras de incentivo. E minha querida Dra com todo seu carinho, garra e dedicação, me instruindo para a expulsão. Rose levou um espelho para me mostrar a cabecinha do bebê, quando eu vi e pude sentir tocando a cabecinha do Pedro me veio uma força de não sei onde e eu coloquei toda a minha energia naquele finalzinho, forçando muito para que meu Pedro pudesse nascer, num lindo parto de cócoras. E quando me dei conta Pedro escorregou, amparado pelas minhas mãos. Foi um momento tão mágico que eu nem consigo descrever com palavras, pois é um momento único, maravilhoso que não sei explicar. Meu lindinho nasceu as 2h22 de 11 de março de 2012 com 3600kg e 50 cm. Assim que nasceu já o coloquei no peito, mas ele, gulosinho que só, já tinha tomado tanto líquido aminiótico que estava satisfeito. A coisa é tão mágica que somente no dia seguinte é que me dei conta que realizei meu grande sonho de parir de cócoras!!! Ana Branco Abreu, mãe de Bernardo (2 anos) e Pedro (2 meses)


Ana Branco- gravidez Bernardo (2010)
NamaskarYoga-IAna Branco- gravidez Bernardo (2010)

Ana Branco- gravidez Pedro (fevereiro-2012)
NamaskarYoga-Ana Branco- gravidez Pedro (fevereiro-2012)

Ana Branco- com Pedro (maio 2012)
NamaskarYoga-Ana Branco- com Pedro (maio 2012)
NamaskarYoga-IAna Branco- com Pedro (maio 2012)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vamos saber um pouco sobre dilatação do colo ..


MAS AFINAL, O QUE É A DILATAÇÃO TOTAL?

Eu acho que quase todas, senão todas, as mulheres ao estarem grávidas ou em fase final de gestação se perguntam:
  • O que, afinal, dilata?
  • Quantos centímetros vou (ou tenho que) abrir?
  • 10 centímetros são 10 dedos? Tem que caber 10 dedos, do Doutor, dentro de minha vagina ou do colo do meu útero?
E as respostas, para estas e outras questões, você, mamãe, seja de primeira ou de última viagem, no período importante que vem agora que é o parto, vai aprender.
Quando a mulher engravida, com diversos fatores importantes e acontecimentos internos na barriga da mulher, a principal percepção, neste caso, é aquela dorzinha no “pé” da barriga e/ou na vagina. Há quem tenha aquele incômodo com o aumento dos grandes lábios vaginais e até desconforto anal. Mas isto é importante, acredite, faz parte do processo.
Quando a mulher ainda não teve nenhum bebê o orifício do colo do útero ainda é bem fechado.
Algumas pessoas, mulheres, são contra o auto-toque, mas a verdade é que assim como o auto-exame das mamas, não tem como saber como está seu colo de útero sem tocar. Somente pelo toque é possível saber a textura, verificar se apresenta dor a esse toque, conhecê-lo bem e saber se tudo está certinho.
É claro que ao querer tocar o próprio colo do útero e querer conhecer melhor o interior da vagina deve se ter alguns, ou muitos, cuidados. Talvez na hora do banho, com as mãos muito bem lavadas com sabão neutro e muito bem enxaguadas, é possível limpar bem, o canal vaginal, com os dedos e retirar todas as impurezas que lá possuem, evitando assim o corrimento na calcinha.
Em algumas tribos indígenas as mulheres mais velhas e experientes ensinam as mais novas a limparem suas vaginas por dentro a cada lavagem, retirando todo o muco esbranquiçado que se forma lá dentro. Principalmente as tribos onde todos andam sem roupa alguma. E também ensinam, às mais novas, que quando este muco sair branco mais transparente e feito gosma (clara de ovo) é porque estão ovulando, ou seja, período fértil para engravidar.
Dentro da lógica e muito sábia!
Após entrar no terceiro ou último trimestre da gravidez a vagina inicia uma mudança sem volta, não uma mudança como dizem por aí, nada de mais aberto, frigidez ou alargamento, mas uma mudança importante, que o próprio corpo oferece, para a expulsão do bebê.
Ao tocar o colo do útero é possível reparar que ele já começa a se abrir, agora o orifício do colo do útero está grosso e as bordas apresentam textura diferenciada, diferente em cada mulher. Algumas mulheres podem até apresentar 1 ou 2 cm de dilatação.
Durante o parto normal, a mulher relaxa alguns músculos e contrai outros — principalmente os abdominais. Para a criança nascer sem problemas, ela precisa coordenar esses movimentos. Os exercícios que aumentam as forças dos músculos abdominais ou diminuem a resistência dos músculos da pélvis (região inferior da barriga, por onde passa o bebê) reduzem o tempo e a dor do parto.Em alguns casos, o parto normal não ocorre por falta de coordenação desses músculos. Uma criança só nasce em parto normal quando as forças orgânicas que a empurram para baixo são mais poderosas que as resistências que a sustentam.
1 Músculos abdominais
2 Contração do útero
3 Peso do bebê
4 Colo do útero
5 Diafragma pélvico (são músculos que sustentam os órgãos, como bexiga, intestinos e útero).
No processo do parto, o corpo da mulher produz a substância ocitocina, que estimula as contrações do útero e a expulsão do bebê. Mais um artifício para o parto acontecer com perfeição.

FORÇAS RESISTENTES AO NASCIMENTO

Quando a mulher força o nascimento antes do organismo eliminar a sua resistência natural, a criança corre o risco de nascer com problemas como machucados na cabeça, e até mesmo sofrer hemorragia cerebral. Mas a verdade é que a mulher sábia e bem informada sempre sabe o que fazer e a hora de fazer. Seguir instintos!

A DILATAÇÃO NO TRABALHO DE PARTO

Em trabalho de parto a dilatação ocorre após cada contração. O certo é haver um progresso de dilatação, nem que seja mínimo, após cada contração, e é para isso que ela existe. O útero está normal e após se contrair volta num estado diferente, mais largo, menos espesso.
Massagear o colo do útero durante as contrações pode aliviar a dor. Isso explica porque o sexo pode ser bom, para algumas mulheres, durante o trabalho de parto.

EXERCÍCIOS 

Por que são importantes?
Eles facilitam o trabalho de parto, conservam o corpo da mulher, evitam dores nas costas, culotes, flacidez e melhoram a circulação. Quando a grávida pratica exercícios tem maior facilidade para recuperar o peso depois do parto.
Quem tem restrições?
Os exercícios devem ser bem acompanhados em mulheres com anemia, sangramento, diabéticas, hipertensas ou que já tiveram parto prematuro em uma gravidez anterior.
VASOCAPILAR Excelente para a circulação. A mulher fica deitada, com pernas e braços para cima, e sacode as mãos, os braços, os pés e as pernas. Com o exercício, a placenta (fonte de alimentação e oxigenação do feto) dificilmente envelhece. É um bom exercício para hipertensas, para evitar inchaço, varizes e hemorróidas.
CONTRAÇÃO DA PÉLVIS Essa atividade ajuda a posicionar o bebê corretamente. Com mãos e joelhos no chão, a gestante deve fazer o mesmo tipo de esforço que o exercício de cócoras.
CÓCORAS Com ele, a mulher aprende a controlar o músculo da pélvis e obter o seu relaxamento na hora certa do parto. Nesta posição, a grávida deve contrair e relaxar a pélvis, como se estivesse segurando a urina.A atividade também permite que o feto deslize melhor no momento do nascimento.
 PONTE Bom para evitar dor nas costas e no nervo ciático (no quadril), que costuma incomodar as gestantes. Evita parto prematuro.
SAPINHO Bom para fortalecer os músculos abdominais e os da pélvis. Ajuda no controle das forças na hora do parto.
ALONGAMENTO Para dor nas costas. Sentada, a mulher coloca as pernas abertas para a lateral e alonga para os lados e para a frente.

DILATAÇÃO TOTAL

Durante o trabalho de parto e com o dilatação acontecendo, ou abertura do colo do útero para a passagem do bebê, já é possível perceber que agora cabem 2 dedos (o indicador e o do meio) folgadamente. Este é o progresso de 5cm de dilatação atingidos, metade do necessário para a expulsão completa do bebê.
E a dilatação total nada mais é que os mesmos 2 dedos (indicador e o do meio) bem abertos (como aquele que fazemos para tirar foto – V de vitória, muito usado pelos orientais).
Se medi-los assim, bem abertos de um dedo para o outro, notará que são exatamente, ou quase, 10 cm. Esta é a dilatação total que a mulher precisa para expulsar seu bebê. Mas após chegar nesta parte do processo instintivamente o corpo feminino apresentará repulsos e a vontade de fazer força será imensa e natural.

A EXPULSÃO DO BEBÊ

Na expulsão de um bebê existem diversos fatos importantes, e muitos processos podem ajudar e até mesmo aniquilar problemas.
  • Passar óleos (amêndoas doce, semente de uva, oliva ou outros) em toda a região vaginal, não esquecendo dos pequenos e grandes lábios para evitar que se partam durante a expulsão do bebê. Óleos e essências naturais se mostraram ser muito bons e com eles há um grande preparo e lubrificação do canal de parto.
  • Massagem e pompoarismo também são muito úteis.
  • Qualquer tipo de exercício ou auxílio de produtos naturais para suporte e relaxamento, com boa técnica, são sempre bem-vindos.
É preciso deixar bem claro que se auto-tocar no colo do útero, saber o que está acontecendo passo-a-passo lá embaixo, quando com muito cuidado pode ajudar em tudo, mas não é isto que vai te salvar. Saiba bem o que quer para seu corpo, para seu bebê. Eu não posso chegar aqui e simplesmente ensinar algumas coisas sobre este assunto, passar algumas dicas sem saber que pode existir pessoas mal interpretando todo o conteúdo deste texto, e achar que isso é um incentivo ao parto em casa sozinha, a não dependência aos médicos e/ou profissionais capacitados ou ainda às intervenções, nada disso.
Então cada um avalie-se por si mesmo e decida o que fazer com estas informações. São todos conhecimentos lógicos, que toda mulher deveria saber, não é um incentivo a nada, e não é infundado.
Ao expulsar o bebê algumas informações podem ser cruciais:
  • Mesmo que doloroso é preciso ter paciência e muita calma.
  •  O bebê também está se ajudando, ele sabe o que fazer e como fazer. A natureza de ambos os corpos (mamãe e bebê) estão se dirigindo para a fase expulsiva, então nada mais normal que presenciar a ida e volta da cabeça, do bebê, no períneo da mamãe isso ajudará a massagear o local e evitar os tais rasgões ou lacerações.
  • Não é preciso puxar o bebê mas é preciso perceber reações, auxiliar o bebê se preciso for. Ao expulsar a cabeça do bebê será somente uma questão de tempo, e relaxamento do músculo vaginal, para que o resto (um ombro após o outro e automaticamente todo o corpo) saia quase que instantâneamente de dentro da vagina da mamãe parturiente.

O BEBÊ ESTÁ FORA

Diversos mitos foram descobertos e já se sabe que realmente não é preciso aspirar todo bebê após sua saída, o que se precisa é ajudá-lo a expelir toda a água que estava nos brônquios, então após retirar o bebê e inclinar levemente sua cabeça e nariz para baixo pode ajudar no escorrimento desta água e evitar que seu primeiro contato com o ar seja tão doloroso, alguns bebês nem mesmo choram. O bebê costuma chorar porque respirar pela primeira vez dói, e é um ato estranho para quem só conhecia a água.
O importante é olhar a vitalidade do bebê, acompanhar seu semblante, desafogá-lo se preciso.
Cortar o cordão é de menos. Milhares de mulheres comprovaram que após o parto é possível não cortar o cordão, pelo menos não tão cedo. Algumas mamães, mais pacientes, esperavam a saída da placenta e fotografavam o bebê ainda preso a ela. Mas também é importante dizer que o bebê precisa de calor, principalmente manter a cabeça quente, pés e mãos não contam muito já que são membros de extremos (ou ponta) e por isso aguentam muito mais temperaturas frias (pés, mãos e todos os dedos), então se não estiverem tão quentes não se preocupe.

RECUPERAÇÃO DO COLO DO ÚTERO

Depois de expulsar a placenta o colo do útero ainda vai expelir muito coagulo e sangue, e todo o acúmulo extra que a barriga ainda apresenta, e é por isso que pode ser um tanto incômodo e ainda apresentar dor nesta expulsão. Nada de anormal, isto irá acontecer no dia-a-dia e naturalmente, durante os famosos 40 dias ou quarentena como é conhecido. Ao limpar o colo do útero no banho é possível tirar muito sangue e pedacinhos, e perceber que o colo do útero já está se fechando pouco a pouco.
Com o tempo o colo do útero voltará ao normal, mas nunca mais ele será o mesmo. Depois que ele abriu no seu máximo e ficou extremamente fino o colo do útero voltará numa forma diferente e não terá mais o seu orifício tão redondinho. E a diferença estará quando outro bebê precisar sair, a maioria das mulheres acham mais fácil pela simples lógica deste orifício já estar mais aberto e preparado. A cada bebê o colo do útero se renova e fica mais forte. E as chances de um câncer nesta região fica remota.
Em poucos meses esta região, parte vaginal interna e colo do útero, voltam ao normal, em tamanho, cor, textura e musculatura.
Vale a pena lembrar que ter um bebê da maneira mais natural possível é saudável e que, ainda com profissionais capacitados, é preciso conhecer estas informações, pois somente a própria pessoa para saber e conhecer seu próprio corpo.
Intervenções desnecessárias não deixam o corpo fazer o certo, inibe a capacidade física corporal. E com isto inibe todo o processo de parto, o que explica o sofrimento que certas mulheres tem em lidar com o próprio corpo e entregar a quem não vai conhecê-lo tão bem quanto ela se tivesse maiores informações.
De qualquer forma, cuide bem do colo de seu útero!
Algumas fontes e imagens: Hospital Santa Lúcia
*Fonte: Garantindo Gerações
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Relato de Parto de Cinthia e Jessica

Relato do parto do Enzo:
Em Abril de 2012 resolvemos ter nosso bb. Foram vários planos, várias duvidas e muita ansiedade até o resultado positivo.
No mês de Julho/2012 fizemos a inscrição para o curso de gestante oferecido gratuitamente pela Unimed. Esse curso foi muito importante para nós, lá conhecemos a Dra Izilda Pupo que deu uma palestra sobre o parto natural, normal e cesária. E falou sobre a doula (algo que nós nunca tínhamos ouvido falar). Após ouvir todos os prós e contras resolvemos optar pelo parto natural.
Em consulta com meu médico conversamos com ele se ele faria esse tipo de parto, caso contrário trocaríamos de médico. Ele disse que faria, no entanto teria que ser no hospital e ele iria esperar somente até 41 semanas.
Com a indicação de um amigo ( Fabio Dias e Elizângela Freire) conhecemos a doula Rose Pereira, que foi um anjo em nossas vidas. Iniciamos toda uma preparação: hidroginástica, alimentação balanceada, caminhadas, pilates. E uma vez por mês tínhamos encontros com a Rose para ver alguns videos sobre partos, fazer massagens relaxantes e tirar eventuais dúvidas. A cada encontro tínhamos mais certeza do que queríamos.
Eu completaria 40 semanas no dia 31/12/2012, mas como primeiro ultra-som a data provável para o parto era 28/12/2012 e sou muito ansiosa, me preparei para receber o Enzo por volta do dia 21/12/2012. Muitas pessoas falavam sobre a virada da lua e a cada virada da lua uma expectativa nova.
No dia 21/12/2012 fui a consulta com meu médico. Ele fez o exame de toque e nada, nem um dedinho de dilatação. Ele me orientou que ficasse calma (como ficar calma nessas horas?), e que eu aproveitasse o natal, pois ele só nasceria após o natal.
No dia 28/12/2012 nova consulta e mais uma decepção... mesmo com todo esforço e preparação ... tinha somente uma polpa de dedo de dilatação. Mas uma notícia boa, ele tinha encaixado... E lá veio de novo a orientação .. aproveite o ano novo, pois o bb só virá em 2013.
No dia 31/12/2012 tive minha primeira contração. Estava indo ao mercado e comecei a sentir dor no meio da rua ... pensei está chegando a hr ... fiquei muito feliz, no entanto depois disso nd aconteceu.
Nova consulta 04/01/2013 ... e o Dr Helio falou que eu estava com 1 dedo de dilatação. Recebi um ultimato do meu médico, como já combinado anteriormente ele só iria esperar até 41 semanas ... por isso já tinha marcado a cesária para o dia seguinte (05/01/2013) as 10:00. Sai do consultório desolada e chorando muito. Todas as preparações que eu tinha feito estavam indo por água abaixo, me senti perdida.
A Cinthia imediatamente ligou para a Rose, que estava em São Paulo. Ela nos orientou a ficar calma e a continuar fazendo os exercícios e disse que assim que chegasse de SP viria para nossa casa.
Do consultório direto para casa .... avisar os familiares que seria uma cesária no dia seguinte ... cada um que eu ligava para contar eu chorava novamente.
Conversei com meu bb e expliquei para ele que aquela noite seria nossa última tentativa. Pulei na bola de pilates durante umas 3 horas, fiz exercícios com a Cinthia, preparamos um chá de canela com gengibre para ajudar, fiz acupuntura (Ellen Infante, algo que era muito difícil para mim, pois tenho muito medo de agulha) .... a essa altura qq tentativa era válida.
As 23:30 a Rose chegou em casa e fizemos mais exercícios ... e a 1 da manhã ela fez uma aplicação de reike para me acalmar, acabei adormecendo bem tranquila. As 2 da manhã ela foi embora e disse para a Cinthia que ela voltaria as 6, mas que qq coisa era só ligar.
Fui dormir tranquila e relaxada, mas quase conformada com a cesariana. As 4 da manhã acordei com contrações a cada 5 minutos .... eu nem acreditava. No inicio achei que era somente dor de barriga, na hora que caiu a ficha fiquei muito feliz. Acordei a Cinthia e ela ligou para a Rose .... que a orientou me levar para o chuveiro, para aguardá-la.
A Rose veio de imediato e nos orientou a ir para o hospital. Já estávamos com a mala pronta, só colocamos a cadeirinha e a bola de pilates no carro e fomos para o hospital. Ao chegar no hospital para nossa alegria e surpresa eu já estava com 7 dedos de dilatação, o médico fez o exame para verificar como estava o liquido aminótico e com esse exame a bolsa rompeu .... as contrações ficaram muito fortes. Ligamos para meu médico, que chegou em 20 minutos. Continuamos os exercícios e respiração ... e .... dilatação total. Fomos encaminhadas ao centro cirúrgico ... e as 08:06 o Enzo nasceu com 51,5 cm e 3725 Kg de parto totalmente natural ... sem analgesia, sem episiotomia ... do jeito que tínhamos sonhado. Devido ao tamanho do nosso bb, acabei tendo que tomar 3 pontinhos.
A recuperação é ótima, no dia seguinte eu já estava novinha em folha ... e ele nem parece um bb recém-nascido.
Queria muito agradecer a Deus, minha família, a Rose, ao Dr. Helio, Ellen ... pessoas que participaram desse momento tão importante e único para nós.

CONCLUSÃO: Nunca desista dos seus sonhos ... no último minuto do segundo tempo ... CONSEGUIMOS.
Relato do parto do Enzo:
Em Abril de 2012 resolvemos ter nosso bb. Foram vários planos, várias duvidas e muita ansiedade até o resultado positivo. 
No mês de Julho/2012 fizemos a inscrição para o curso de gestante oferecido gratuitamente pela Unimed. Esse curso foi muito importante para nós, lá conhecemos a Dra Izilda Pupo que deu uma palestra sobre o parto natural, normal e cesária. E falou sobre a doula (algo que nós nunca tínhamos ouvido falar). Após ouvir todos os prós e contras resolvemos optar pelo parto natural.
Em consulta com meu médico conversamos com ele se ele faria esse tipo de parto, caso contrário trocaríamos de médico. Ele disse que faria, no entanto teria que ser no hospital e ele iria esperar somente até 41 semanas.
Com a indicação de um amigo ( Fabio Dias e Elizângela Freire) conhecemos a doula Rose Pereira, que foi um anjo em nossas vidas. Iniciamos toda uma preparação: hidroginástica, alimentação balanceada, caminhadas, pilates. E uma vez por mês tínhamos encontros com a Rose para ver alguns videos sobre partos, fazer massagens relaxantes e tirar eventuais dúvidas. A cada encontro tínhamos mais certeza do que queríamos.
Eu completaria 40 semanas no dia 31/12/2012, mas como primeiro ultra-som a data provável para o parto era 28/12/2012 e sou muito ansiosa, me preparei para receber o Enzo por volta do dia 21/12/2012. Muitas pessoas falavam sobre a virada da lua e a cada virada da lua uma expectativa nova. 
No dia 21/12/2012 fui a consulta com meu médico. Ele fez o exame de toque e nada, nem um dedinho de dilatação. Ele me orientou que ficasse calma (como ficar calma nessas horas?), e que eu aproveitasse o natal, pois ele só nasceria após o natal.
No dia 28/12/2012 nova consulta e mais uma decepção... mesmo com todo esforço e preparação ... tinha somente uma polpa de dedo de dilatação. Mas uma notícia boa, ele tinha encaixado... E lá veio de novo a orientação .. aproveite o ano novo, pois o bb só virá em 2013. 
No dia 31/12/2012 tive minha primeira contração. Estava indo ao mercado e comecei a sentir dor no meio da rua ... pensei está chegando a hr ... fiquei muito feliz, no entanto depois disso nd aconteceu.
Nova consulta 04/01/2013 ... e o Dr Helio falou que eu estava com 1 dedo de dilatação. Recebi um ultimato do meu médico, como já combinado anteriormente ele só iria esperar até 41 semanas ... por isso já tinha marcado a cesária para o dia seguinte (05/01/2013) as 10:00. Sai do consultório desolada e chorando muito. Todas as preparações que eu tinha feito estavam indo por água abaixo, me senti perdida. 
A Cinthia imediatamente ligou para a Rose, que estava em São Paulo. Ela nos orientou a ficar calma e a continuar fazendo os exercícios e disse que assim que chegasse de SP viria para nossa casa. 
Do consultório direto para casa .... avisar os familiares que seria uma cesária no dia seguinte ... cada um que eu ligava para contar eu chorava novamente. 
Conversei com meu bb e expliquei para ele que aquela noite seria nossa última tentativa. Pulei na bola de pilates durante umas 3 horas, fiz exercícios com a Cinthia, preparamos um chá de canela com gengibre para ajudar, fiz acupuntura (Ellen Infante, algo que era muito difícil para mim, pois tenho muito medo de agulha) .... a essa altura qq tentativa era válida.
As 23:30 a Rose chegou em casa e fizemos mais exercícios ... e a 1 da manhã ela fez uma aplicação de reike para me acalmar, acabei adormecendo bem tranquila. As 2 da manhã ela foi embora e disse para a Cinthia que ela voltaria as 6, mas que qq coisa era só ligar.
Fui dormir tranquila e relaxada, mas quase conformada com a cesariana. As 4 da manhã acordei com contrações a cada  5 minutos .... eu nem acreditava. No inicio achei que era somente dor de barriga, na hora que caiu a ficha fiquei muito feliz. Acordei a Cinthia e ela ligou para a Rose .... que a orientou me levar para o chuveiro, para aguardá-la.
A Rose veio de imediato e nos orientou a ir para o hospital. Já estávamos com a mala pronta, só colocamos a cadeirinha e a bola de pilates no carro e fomos para o hospital. Ao chegar no hospital para nossa alegria e surpresa eu já estava com 7 dedos de dilatação, o médico fez o exame para verificar como estava o liquido aminótico e com esse exame a bolsa rompeu .... as contrações ficaram muito fortes. Ligamos para meu médico, que chegou em 20 minutos. Continuamos os exercícios e respiração ... e .... dilatação total. Fomos encaminhadas ao centro cirúrgico ... e as 08:06 o Enzo nasceu com 51,5 cm e 3725 Kg de parto totalmente natural ... sem analgesia, sem episiotomia ... do jeito que tínhamos sonhado. Devido ao tamanho do nosso bb, acabei tendo que tomar 3 pontinhos.
A recuperação é ótima, no dia seguinte eu já estava novinha em folha ... e ele nem parece um bb recém-nascido.
Queria muito agradecer a Deus, minha família, a Rose, ao Dr. Helio, Ellen ... pessoas que participaram desse momento tão importante e único para nós.

CONCLUSÃO: Nunca desista dos seus sonhos ... no último minuto do segundo tempo ... CONSEGUIMOS.