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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vamos saber um pouco sobre dilatação do colo ..


MAS AFINAL, O QUE É A DILATAÇÃO TOTAL?

Eu acho que quase todas, senão todas, as mulheres ao estarem grávidas ou em fase final de gestação se perguntam:
  • O que, afinal, dilata?
  • Quantos centímetros vou (ou tenho que) abrir?
  • 10 centímetros são 10 dedos? Tem que caber 10 dedos, do Doutor, dentro de minha vagina ou do colo do meu útero?
E as respostas, para estas e outras questões, você, mamãe, seja de primeira ou de última viagem, no período importante que vem agora que é o parto, vai aprender.
Quando a mulher engravida, com diversos fatores importantes e acontecimentos internos na barriga da mulher, a principal percepção, neste caso, é aquela dorzinha no “pé” da barriga e/ou na vagina. Há quem tenha aquele incômodo com o aumento dos grandes lábios vaginais e até desconforto anal. Mas isto é importante, acredite, faz parte do processo.
Quando a mulher ainda não teve nenhum bebê o orifício do colo do útero ainda é bem fechado.
Algumas pessoas, mulheres, são contra o auto-toque, mas a verdade é que assim como o auto-exame das mamas, não tem como saber como está seu colo de útero sem tocar. Somente pelo toque é possível saber a textura, verificar se apresenta dor a esse toque, conhecê-lo bem e saber se tudo está certinho.
É claro que ao querer tocar o próprio colo do útero e querer conhecer melhor o interior da vagina deve se ter alguns, ou muitos, cuidados. Talvez na hora do banho, com as mãos muito bem lavadas com sabão neutro e muito bem enxaguadas, é possível limpar bem, o canal vaginal, com os dedos e retirar todas as impurezas que lá possuem, evitando assim o corrimento na calcinha.
Em algumas tribos indígenas as mulheres mais velhas e experientes ensinam as mais novas a limparem suas vaginas por dentro a cada lavagem, retirando todo o muco esbranquiçado que se forma lá dentro. Principalmente as tribos onde todos andam sem roupa alguma. E também ensinam, às mais novas, que quando este muco sair branco mais transparente e feito gosma (clara de ovo) é porque estão ovulando, ou seja, período fértil para engravidar.
Dentro da lógica e muito sábia!
Após entrar no terceiro ou último trimestre da gravidez a vagina inicia uma mudança sem volta, não uma mudança como dizem por aí, nada de mais aberto, frigidez ou alargamento, mas uma mudança importante, que o próprio corpo oferece, para a expulsão do bebê.
Ao tocar o colo do útero é possível reparar que ele já começa a se abrir, agora o orifício do colo do útero está grosso e as bordas apresentam textura diferenciada, diferente em cada mulher. Algumas mulheres podem até apresentar 1 ou 2 cm de dilatação.
Durante o parto normal, a mulher relaxa alguns músculos e contrai outros — principalmente os abdominais. Para a criança nascer sem problemas, ela precisa coordenar esses movimentos. Os exercícios que aumentam as forças dos músculos abdominais ou diminuem a resistência dos músculos da pélvis (região inferior da barriga, por onde passa o bebê) reduzem o tempo e a dor do parto.Em alguns casos, o parto normal não ocorre por falta de coordenação desses músculos. Uma criança só nasce em parto normal quando as forças orgânicas que a empurram para baixo são mais poderosas que as resistências que a sustentam.
1 Músculos abdominais
2 Contração do útero
3 Peso do bebê
4 Colo do útero
5 Diafragma pélvico (são músculos que sustentam os órgãos, como bexiga, intestinos e útero).
No processo do parto, o corpo da mulher produz a substância ocitocina, que estimula as contrações do útero e a expulsão do bebê. Mais um artifício para o parto acontecer com perfeição.

FORÇAS RESISTENTES AO NASCIMENTO

Quando a mulher força o nascimento antes do organismo eliminar a sua resistência natural, a criança corre o risco de nascer com problemas como machucados na cabeça, e até mesmo sofrer hemorragia cerebral. Mas a verdade é que a mulher sábia e bem informada sempre sabe o que fazer e a hora de fazer. Seguir instintos!

A DILATAÇÃO NO TRABALHO DE PARTO

Em trabalho de parto a dilatação ocorre após cada contração. O certo é haver um progresso de dilatação, nem que seja mínimo, após cada contração, e é para isso que ela existe. O útero está normal e após se contrair volta num estado diferente, mais largo, menos espesso.
Massagear o colo do útero durante as contrações pode aliviar a dor. Isso explica porque o sexo pode ser bom, para algumas mulheres, durante o trabalho de parto.

EXERCÍCIOS 

Por que são importantes?
Eles facilitam o trabalho de parto, conservam o corpo da mulher, evitam dores nas costas, culotes, flacidez e melhoram a circulação. Quando a grávida pratica exercícios tem maior facilidade para recuperar o peso depois do parto.
Quem tem restrições?
Os exercícios devem ser bem acompanhados em mulheres com anemia, sangramento, diabéticas, hipertensas ou que já tiveram parto prematuro em uma gravidez anterior.
VASOCAPILAR Excelente para a circulação. A mulher fica deitada, com pernas e braços para cima, e sacode as mãos, os braços, os pés e as pernas. Com o exercício, a placenta (fonte de alimentação e oxigenação do feto) dificilmente envelhece. É um bom exercício para hipertensas, para evitar inchaço, varizes e hemorróidas.
CONTRAÇÃO DA PÉLVIS Essa atividade ajuda a posicionar o bebê corretamente. Com mãos e joelhos no chão, a gestante deve fazer o mesmo tipo de esforço que o exercício de cócoras.
CÓCORAS Com ele, a mulher aprende a controlar o músculo da pélvis e obter o seu relaxamento na hora certa do parto. Nesta posição, a grávida deve contrair e relaxar a pélvis, como se estivesse segurando a urina.A atividade também permite que o feto deslize melhor no momento do nascimento.
 PONTE Bom para evitar dor nas costas e no nervo ciático (no quadril), que costuma incomodar as gestantes. Evita parto prematuro.
SAPINHO Bom para fortalecer os músculos abdominais e os da pélvis. Ajuda no controle das forças na hora do parto.
ALONGAMENTO Para dor nas costas. Sentada, a mulher coloca as pernas abertas para a lateral e alonga para os lados e para a frente.

DILATAÇÃO TOTAL

Durante o trabalho de parto e com o dilatação acontecendo, ou abertura do colo do útero para a passagem do bebê, já é possível perceber que agora cabem 2 dedos (o indicador e o do meio) folgadamente. Este é o progresso de 5cm de dilatação atingidos, metade do necessário para a expulsão completa do bebê.
E a dilatação total nada mais é que os mesmos 2 dedos (indicador e o do meio) bem abertos (como aquele que fazemos para tirar foto – V de vitória, muito usado pelos orientais).
Se medi-los assim, bem abertos de um dedo para o outro, notará que são exatamente, ou quase, 10 cm. Esta é a dilatação total que a mulher precisa para expulsar seu bebê. Mas após chegar nesta parte do processo instintivamente o corpo feminino apresentará repulsos e a vontade de fazer força será imensa e natural.

A EXPULSÃO DO BEBÊ

Na expulsão de um bebê existem diversos fatos importantes, e muitos processos podem ajudar e até mesmo aniquilar problemas.
  • Passar óleos (amêndoas doce, semente de uva, oliva ou outros) em toda a região vaginal, não esquecendo dos pequenos e grandes lábios para evitar que se partam durante a expulsão do bebê. Óleos e essências naturais se mostraram ser muito bons e com eles há um grande preparo e lubrificação do canal de parto.
  • Massagem e pompoarismo também são muito úteis.
  • Qualquer tipo de exercício ou auxílio de produtos naturais para suporte e relaxamento, com boa técnica, são sempre bem-vindos.
É preciso deixar bem claro que se auto-tocar no colo do útero, saber o que está acontecendo passo-a-passo lá embaixo, quando com muito cuidado pode ajudar em tudo, mas não é isto que vai te salvar. Saiba bem o que quer para seu corpo, para seu bebê. Eu não posso chegar aqui e simplesmente ensinar algumas coisas sobre este assunto, passar algumas dicas sem saber que pode existir pessoas mal interpretando todo o conteúdo deste texto, e achar que isso é um incentivo ao parto em casa sozinha, a não dependência aos médicos e/ou profissionais capacitados ou ainda às intervenções, nada disso.
Então cada um avalie-se por si mesmo e decida o que fazer com estas informações. São todos conhecimentos lógicos, que toda mulher deveria saber, não é um incentivo a nada, e não é infundado.
Ao expulsar o bebê algumas informações podem ser cruciais:
  • Mesmo que doloroso é preciso ter paciência e muita calma.
  •  O bebê também está se ajudando, ele sabe o que fazer e como fazer. A natureza de ambos os corpos (mamãe e bebê) estão se dirigindo para a fase expulsiva, então nada mais normal que presenciar a ida e volta da cabeça, do bebê, no períneo da mamãe isso ajudará a massagear o local e evitar os tais rasgões ou lacerações.
  • Não é preciso puxar o bebê mas é preciso perceber reações, auxiliar o bebê se preciso for. Ao expulsar a cabeça do bebê será somente uma questão de tempo, e relaxamento do músculo vaginal, para que o resto (um ombro após o outro e automaticamente todo o corpo) saia quase que instantâneamente de dentro da vagina da mamãe parturiente.

O BEBÊ ESTÁ FORA

Diversos mitos foram descobertos e já se sabe que realmente não é preciso aspirar todo bebê após sua saída, o que se precisa é ajudá-lo a expelir toda a água que estava nos brônquios, então após retirar o bebê e inclinar levemente sua cabeça e nariz para baixo pode ajudar no escorrimento desta água e evitar que seu primeiro contato com o ar seja tão doloroso, alguns bebês nem mesmo choram. O bebê costuma chorar porque respirar pela primeira vez dói, e é um ato estranho para quem só conhecia a água.
O importante é olhar a vitalidade do bebê, acompanhar seu semblante, desafogá-lo se preciso.
Cortar o cordão é de menos. Milhares de mulheres comprovaram que após o parto é possível não cortar o cordão, pelo menos não tão cedo. Algumas mamães, mais pacientes, esperavam a saída da placenta e fotografavam o bebê ainda preso a ela. Mas também é importante dizer que o bebê precisa de calor, principalmente manter a cabeça quente, pés e mãos não contam muito já que são membros de extremos (ou ponta) e por isso aguentam muito mais temperaturas frias (pés, mãos e todos os dedos), então se não estiverem tão quentes não se preocupe.

RECUPERAÇÃO DO COLO DO ÚTERO

Depois de expulsar a placenta o colo do útero ainda vai expelir muito coagulo e sangue, e todo o acúmulo extra que a barriga ainda apresenta, e é por isso que pode ser um tanto incômodo e ainda apresentar dor nesta expulsão. Nada de anormal, isto irá acontecer no dia-a-dia e naturalmente, durante os famosos 40 dias ou quarentena como é conhecido. Ao limpar o colo do útero no banho é possível tirar muito sangue e pedacinhos, e perceber que o colo do útero já está se fechando pouco a pouco.
Com o tempo o colo do útero voltará ao normal, mas nunca mais ele será o mesmo. Depois que ele abriu no seu máximo e ficou extremamente fino o colo do útero voltará numa forma diferente e não terá mais o seu orifício tão redondinho. E a diferença estará quando outro bebê precisar sair, a maioria das mulheres acham mais fácil pela simples lógica deste orifício já estar mais aberto e preparado. A cada bebê o colo do útero se renova e fica mais forte. E as chances de um câncer nesta região fica remota.
Em poucos meses esta região, parte vaginal interna e colo do útero, voltam ao normal, em tamanho, cor, textura e musculatura.
Vale a pena lembrar que ter um bebê da maneira mais natural possível é saudável e que, ainda com profissionais capacitados, é preciso conhecer estas informações, pois somente a própria pessoa para saber e conhecer seu próprio corpo.
Intervenções desnecessárias não deixam o corpo fazer o certo, inibe a capacidade física corporal. E com isto inibe todo o processo de parto, o que explica o sofrimento que certas mulheres tem em lidar com o próprio corpo e entregar a quem não vai conhecê-lo tão bem quanto ela se tivesse maiores informações.
De qualquer forma, cuide bem do colo de seu útero!
Algumas fontes e imagens: Hospital Santa Lúcia
*Fonte: Garantindo Gerações
 

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